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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Poema

 
 

Um poema é vida: avança

sem medo

e em cada penedo

de serra temerosa e altaneira

encontra a esperança

do recomeço.

 

E ao chegar ao cume do cabeço

(obstáculo transformado em verso)

a bonança prometida

em cada vale apazigua,

dos sentidos, a ansiedade.

 

Porém, renovado o desejo,

como quem recebe um amoroso beijo,

a profusão de uma estrofe

constrói-se dia a dia

na chama da palavra escolhida.

 

Feita a selecção

e escrito verso a verso

o poema retrata a perfeição

da imperfeição humana seu reverso.

 

04.01.2015

J M