Palavras
Tão grande a vastidão do silêncio!
Os olhos da noite abrigam-se atrás das palavras
e fecham-se!
Nada fica para dizer e a mudez instala-se entre nós.
Esperar o quê?
Esperar o vazio de ti.
Escutar o silêncio do deserto entre nós?
As palavras emigraram. Voltarão ainda um dia?
São precárias, mas a acidez de algumas
é desfeita pela doçura de outras.
E estas são mais fortes!
Esperança, minha irmã gémea, fica comigo!
JM