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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Memórias

Como se fosse natural, sensualmente,

a saudade escorregava pela face molhada

em gotas que a chuva embebia docemente

em memórias da memória recuperada.

 

E se o vento mais forte empurrava

essas lágrimas em sentido contrário

logo o carinho da lembrança amparava

a melancolia. O extraordinário

 

era o nevoeiro húmido e penetrante

contrastando com o desejo obsidiante

de recuperar a persistência da memória.

 

A saudade envolta nas nuvens vespertinas

do dia esvaindo-se nas neblinas

cantava tudo menos uma vitória.

 

19.11.2014

J M