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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Lendo Cesário

Ela passa "aromática e normal"

diz Cesário em "Deslumbramentos":

só pode ser ela, a magnífica, a tal

que traz ao poeta milhares de tormentos!

 

Ela é a cidade destruidora

que obsidia o poeta e o prende

mas é também a dominadora

a quem masoquisticamente se rende!

 

E lá está ainda o café devasso

e a actriz em ligeiros pés de cabra

por detrás de um vidro ténue e baço

à espera que a porta se lhe abra.

 

JM