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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Frágil

Ela é loira por opção

e arranja namorados de ocasião.

 

Senta-se na esplanada do café avenida

fala ao telemóvel, mostra-se comovida.

 

Diariamente vende a sua imagem

aperaltada p’ra turista ver,

mas é apenas camuflagem

pois tem defeitos a esconder.

 

Arrasta os vagarosos dias

pelas largas avenidas,

porém às noites, sem alegrias,

anda perdida na lua

dissimulando aparências,

insuspeitadas vivências,

e inconfessáveis vidas.

 

J M - 03.01.2017