Dias
Aponta a hora final,
O horizonte oblíquo da vida;
Raiando surge a manhã
Acima da matéria definida.
Os limites são de espaço concreto
Na imaginação oca de sentido
E as partes loucas de nós
Trazem a ilusão de um ócio vivido.
Criação de mim para mim
Parte integrante de nós,
Sublimites de um rio sem foz
Abstração de meta sem fim.
Loucura … onde existe?
Sai às vezes, por engano, um chiste
De inteligência baça e banal
E nas folhas das flores dos fenos
Passa voando o vento veloz.
Dispersos na pressa louçã
Corremos cortando a vida
Suportamos o sussurro nas sebes
E a amargura mágica da manhã.
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Magia esfarrapada no sol
Do dia que a meio vai
Borboleta morta no arrebol
Que no chão desfeita cai.
J M