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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Dias

Aponta a hora final,

O horizonte oblíquo da vida;

Raiando surge a manhã

Acima da matéria definida.

 

Os limites são de espaço concreto

Na imaginação oca de sentido

E as partes loucas de nós

Trazem a ilusão de um ócio vivido.

 

Criação de mim para mim

Parte integrante de nós,

Sublimites de um rio sem foz

Abstração de meta sem fim.

 

Loucura … onde existe?

Sai às vezes, por engano, um chiste

De inteligência baça e banal

E nas folhas das flores dos fenos

Passa voando o vento veloz.

 

Dispersos na pressa louçã

Corremos cortando a vida

Suportamos o sussurro nas sebes

E a amargura mágica da manhã.

 

…………………………..

 

Magia esfarrapada no sol

Do dia que a meio vai

Borboleta morta no arrebol

Que no chão desfeita cai.

 

J M