Daniel Faria
Dai-me da água ou da resina de um ramo
Ou o baloiço apenas
Da sombra, a verdura que o move
O aroma que sobe o equilíbrio das folhas
Dai-me o oxigénio para aves que passam
O chão de combustíveis adubado pelas águas
Um pássaro de líquido, de vento, de coisas viajadas
O movimento do mundo
O mundo desloca-me em segredo sem que os homem mudem
Daniel Faria, "Dos Líquidos"