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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Crepusculares

Caía o sol sobre o poente

roubando a luz à natureza

formava-se uma paisagem diferente

desfazia-se a natural singeleza.

 

As aves regressavam aos seus lares

As pessoas recolhiam aos seus ninhos

as aves gorjeavam aos pares

as pessoas refaziam seus caminhos.

 

A noite cobrindo tudo de escuro pranto

acolhia anseios adiados, eminentes …

Nalguns lares ouvia-se sentido pranto

 

Noutros ciciavam-se preces de crentes

noutros ainda em recônditos e escusos cantos

saciavam-se desejos inadiáveis, prementes.

 

De que memórias se faz a saudade!

De que lembranças se constrói nossa vida!

 

O que o tempo nos acrescenta com a idade

vai roubando aos sentimentos. Perdida

a inocência inicial da ingenuidade.

 

J M