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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Beijo


 



Rasgava o céu azul paulatinamente

a ânsia de mitigar o forte desejo

e no vento que derrapava esconsamente

ouviu-se nítido o estrondo de um beijo.

 



Tudo parou subita e repentinamente:

o vento, as aves, o rio e até o mar...

Seguiu-se um profundo silêncio; emergente

e cristalino desvendou-se o claro luar!

 



E as memórias desse estrondo povoaram-se

dos lábios húmidos e ridentes desses dois

e os corpos prazenteiros requebraram-se

 



numa dança sofregamente sensual ... pois

no íntimo de cada um sobressaltaram-se

as horas do presente entre um antes e um depois.

 



JM, A (im)perfeição dos dias.