ESPERANÇA
Coimbra, 31 de Dezembro de 1989.
ESPERANÇA
O poema quer nascer das trevas.
Está nas Palavras, e não as sei.
É como um filho que não tem caminho
No ventre da mãe
Dói,
Dói,
Mas a negar-se teimosamente
A todos os acenos libertadores
Do desespero dilacerado.
No silêncio cansado
E paciente
Canta um galo vidente.
E diz que cada dia
Que anuncia
É sempre um dia novo
De renovo
E poesia.
Torga, Diário
BOM ANO DE 2008: QUE SEJA DE POESIA, PAZ E PROSPERIDADE!