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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

NATAL

aqueles-que-vivem.jpg 

S. Martinho de Anta, 25 de Dezembro de 1982

NATAL

Solstício de inverno.

Aqui estou novamente a festejá-lo

À fogueira dos meus antepassados

Das cavernas.

Neva-me na lembrança.

E sonho a primavera

Florida nos sentidos.

Consciente da fera

Que nesses tempos idos

Também era,

Imagino um segundo nascimento

Sobrenatural

Da minha humanidade.

Na humildade

Dum presépio ideal,

Emblematizo essa virtualidade.

E chamo-lhe Natal.

 

Torga, Diário