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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Um verso

S. Martinho de Anta, 30 de Outubro de 1955.

TATUAGEM

Um verso apenas, mas que fique impresso

Na morena epiderme

Do teu corpo maciço;

Um verso agradecido

À universal beleza

Do teu rosto redondo,

Infatigavelmente variado;

Um verso branco e puro

De rendido louvor

À serena ironia

Com que deixas brincar no teu regaço

A inquietação,

E devolves o eco

De cada grito

À boca enfurecida,

—Terra, pátria da vida!

Eva que o sol fecunda do infinito!

 

Torga, Diário VIII