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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

IDENTIFICAÇÃO

Coimbra, 28 de Outubro de 1984.

IDENTIFICAÇÃO

E debaixo do chão que me procuro.

Que fundura atingiu cada raiz?

Andei sempre seguro

À terra original

Ou levitei na vida?

O que disse, o que fiz,

Que força umbilical,

Obedecida,

O quis?

Nada que eu tenha sido

Tem sentido

Se ouvi, passiva,

A voz activa

Da condição.

Se, por abstracção,

Me esqueci que sou todo

Feito de lodo

Como Adão.

 

Torga, Diário XIV