Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Limoeiro

Coimbra, 20 de Outubro de 1945.

FANTASIA

Canto ou não canto o limoeiro

Aqui ao lado?

Ele é tão delicado!

Tem um jeito tão puro

De se encostar ao muro

Onde vive encostado...

Canto ou não canto as tetas de donzela

Que daqui da janela

Vejo no limoeiro?

Elas são tão maduras...

E tão duras...

Têm uma cor e um cheiro...

Canto!

Nem serei o primeiro,

Nem eu sou nenhum santo!

 

Torga, Diário III