Versos
Coimbra, 15 de Setembro de 1951.
CONTÁGIO
Há uma esperança:
A constância optimista da alvorada.
Quando os galos começam,
E o melro, meu vizinho, abre a janela,
Qual desespero, qual desilusão!
Como cadáveres que ressuscitassem,
Os versos endireitam-se, renascem,
E mesmo incertos, a mancar, lá vão...
Torga, Diário VI