Regresso!
Para quê zangarmo-nos com a vida se ela continua indiferente àquilo que nós fazemos ou pensamos? Aprendamos com o mestre a apreciar a natureza e usufrui-la e saibamos adaptar-nos ao mar da vida: ora encapelado, ora manso!
Miramar, 14 de Setembro de 1957.
PRAIA
Nem mar, nem terra — a estrema que os separa.
Esta orla de areia
Onde, feliz, passeia,
Só vestida de sol,
A nudez dos humanos.
Um limbo de brancura e alegria.
O tempo sem poder fazer seus danos,
E nenhum rasto ao fim de cada dia.
Torga, Diário VIII