...
Estranho-te no cansaço de seres
a permanente presença silenciosa
deitada na laje nua do pensamento
onde impávida e calma permaneces
nas ondas límpidas da tarde primaveril.
E se não estivesses? Se o teres
preferência de mim, já não fosse imperiosa
necessidade? Seria acaso um tormento?
Calma e impávida permaneces
alheia à vontade do meu corpo, natural …
(Oxalá assim seja.) E o teu desejo
te traga na vontade estranha de um beijo
roubado ao pôr do sol imponente
que a tarde primaveril desenha no poente.
JM