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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Iberismo

Lovios, Espanha, l de Agosto de 1956.

INCURSÃO

Terra alheia — aventura apetecida;

Pronta libertinagem

Dos sentidos;

No corpo violado da paisagem,

Atrevidos

Devaneios dos olhos indiscretos;

Virginais e secretos

Caminhos tacteados;

O gosto a devorar acidulados

Frutos proibidos;

O deleite de inéditos perfumes;

E a humana comunhão de outros queixumes

A ressoar na concha dos ouvidos.

 

Torga, Diário VIII