Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

...

Coimbra, 15 de Dezembro de 1984.

 

CLANDESTINIDADE

Horas nocturnas de libertação.

Todos os carcereiros na prisão

Do sono.

Dono

Dos sentimentos,

Do instinto

E da razão,

Sonho,

Penso,

Imagino.

Faço o pino

Deitado.

E às vezes é-me dado

Neste desatino,

Por invisíveis mãos

A que nem sequer posso agradecer,

Um poema obscuro

Que de manhã, à luz do sol, procuro

Claramente entender.

 

Torga, Diário XVI

1 comentário

Comentar post