Terra-mãe
A paisagem deslumbrante dos teus olhos
refletia a luz juvenil da alvorada
e a fecundidade fértil sem abrolhos
rescendendo aos aromas da terra molhada.
A seara dos teus cabelos ondulantes
meio madura num junho primaveril
refletia as luzes matutinas coruscantes
e lembrava a pujança de ufano abril.
O repouso do teu corpo ternurento
deitado numa realidade refrescante
semiadormecido no amparo do relento
refletia uma serenidade ambulante.
No teu ser, tua beleza, tua paixão
corre um rio de águas cristalinas
da terra mãe a insaciável sedução
e todas as manhas e artes femininas.
18.06.2013
J M