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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Finalmente - o fim.

Espectáculo a quatro vozes, ou mãos, ou mentes em termos de encenação e a muitas mais em termos de interpretação. Quatro andamentos sobre um tema: o fim. Quatro criadores da Guarda. Quatro encenações da Guarda.

Quatro. Número sombólico dos elementos da vida para falar de uma tema da vida. Pouco simpático, mas real. Percepções diferentes de uma mesma realidade. 

Gostei dos quatro em diferente medida. Do texto do primeiro, da encenção do segundo, da poesia do terceiro e da representação do quarto. O texto do Daniel foi o que me disse mais porque misturou na justa medida elementos literários de proveniência vária. A actualidade é bem evidente e os dois actores souberam apropriar-se das palavras e significá-las. O segundo atraiu-me mais pela música expressiva e sedutora, mas a simplicidade do cenário e a voz potente completaram-se.  O terceiro disse-me mais pela poesia, difícil de encenar, difícil de representar ( o João Neca esteve bem!). Finalmente a quarta história destacou-se-me pela representação. Já há muito não contactava com Antº Patrício (não gosto particularmente do seu teatro), mas a encenação esteve bem e a representação foi a cereja no cimo do bolo deste espectáculo! 

Parabéns pela produção.