De quem?
Dos tempos da meninice
vêm-me os aromas a terra das tuas mãos
dos tempos da meninice
vem-me a cor dos teus olhos pagãos
esses aromas, essa cor
recordam-me as carícias ásperas dos calos
as meiguices desse amor
com os sons mecânicos dos grilos e ralos
e a tua voz cansada
sobrepunha-se à cegarrega martirizante
e a tua protecção
dava uma sensação tão terna e calmante
mas onde encontrar
tudo isto junto em alguém?
... no teu coração, ó Mãe!
JM