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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

...

Tão grande a vastidão do silêncio!

Os olhos da noite abrigam-se atrás das palavras

e fecham-se!

Nada fica para dizer e a mudez instala-se entre nós.

Esperar o quê?

Esperar o vazio de ti.

Escutar o silêncio do deserto entre nós?

 

As palavras emigraram. Voltarão ainda um dia?

 

São precárias, mas a acidez de algumas

é desfeita pela doçura de outras. E estas são mais fortes!

 

Esperança, minha irmã gémea, fica comigo!

 

JM