não me acordes
não me acordes
estou no lado de dentro
das pedras
no sítio húmido
da noite
nos interstícios da pele
ferida
no avesso do verso
adverso
não me acordes
mais
não me acordes
tanto
Américo Rodrigues
23/9/11
Foi ontem à tarde a apesentação do "acidente poético fatal" na BMEL. Foi tempo de amizades e aprendizagens. Foi tempo de ouvir e assimilar. Foi tempo de palavras. Essas entidades dotadas de vida própria e que nunca estão completas enquanto houver alguém que as aprecie e as tente desvendar. Como faz o Américo. E bem!
Transcrevo acima o poema de que mais gosto (também eu!). Além de outros.
Parabéns à poesia e ao autor.
[Quem tiver curiosidade - e vale a pena satisfazê-la - pode seguir a sugestão do próprio autor:
"A partir de agora, o livro vai à sua vida. Vende-se, na Guarda, no Quiosque Moinho (ao lado deste Café Mondego), no centro da cidade. Pode também pedir-se por mail: americo.j.rodrigues@sapo.pt"]