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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Memórias

Como se fosse natural, sensualmente,

a saudade escorregava pela face molhada

em gotas que a chuva embebia docemente

em memórias da memória recuperada.

 

E se o vento mais forte empurrava

essas lágrimas em sentido contrário

logo o carinho da lembrança amparava

a melancolia. O extraordinário

 

era o nevoeiro húmido e penetrante

contrastando com o desejo obsidiante

de recuperar a persistência da memória.

 

A saudade envolta nas nuvens vespertinas

do dia esvaindo-se nas neblinas

cantava tudo menos uma vitória.

 

19.11.2014

J M

Aleluia!

 

A vida irrompe intensamente

um dia de cada vez

(ou dois ou três),

o que interessa é que a mente

a aproveite e usufrua

sem rodeios

daqui até à lua

usando todos os meios

para vencer o medo.

 

Qual será o segredo?

Enfrentar serenamente

cada amanhecer

e aproveitar a incessante

novidade de amar

em cada instante.

 

Assim chegará mansamente

o inexorável entardecer.

 

08.11.2014

J. M.

SOPHIA

Clara, a tua escrita

ilumina os dias do mar

que são nossos.

 

Belas, as tuas palavras

acendem estrelas de amar

que nos rejuvenescem.

 

Foste coral e ondas e praia

e nomeaste o indizível

na poesia da geografia.

 

Partilhaste a luz branca de Creta

nas paisagens nítidas

dum Portugal renascido.

 

Serás sempre um farol

guiando nossas palavras

que fizeste eternamente tuas!

 

J M