E afinal...?
De súbito a tarde fez-se negra
como a linha da alma danada
que deixa de ver o azul do céu.
Foge daquilo que é a regra
abandonando a caminhada
a rota inconstante e o breu
a vida pacata, breve e calma,
a certeza que o tempo lhe deu
mas que mais tarde lhe tirou.
E afinal o que fica da alma
mais do que aquilo que viveu?
Donde venho, para onde vou?
JM (06.06.2011)