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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Enquanto ...

Enquanto a memória se mantiver

tenho as tuas palavras

escolhidas, belas e secretas

que posso ler quando quiser:

elas têm esse perfume de mulher

que te distingue das demais;

esse aroma agreste e beirão

marca dos teus sinais;

essa emoção forte e genuína

guia dos teus passos certos;

essa paixão de menina

que te deram momentos incertos.

 

Enquanto a memória se mantiver

nunca me sentirei só,

perdido talvez, envergonhado sim,

mas isso é porque sou assim

ou me fizeram dessa maneira

que parece traiçoeira

mas apenas uma defesa

contra a emoção, sempre presa

dessa fria e absurda razão.

 

JM

 

[Ontem nas navegações vespertinas dominicais, encontrei um poema belo, emotivo e genuíno. Dele saiu este texto que não tem comparação com o original, mas que também é emotivo.]