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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Poluição

Imagem:Syringa vulgaris.jpg

 

 

Coimbra, 19 de Abril de 1950.

FASTIO LÍRICO

Flores.

Lilases roxos que perfumam tudo.

Mas não é de lilases que eu preciso,

Nem de perfume.

O que a alma me pede,

Nem se cheira,

Nem se vê,

Nem se dá nos canteiros...

Não.

Se me querem valer,

Tragam-me a primavera

Como era

Antes de o jardineiro a corromper.

Diário VIII