Tuas, não minhas, ...
Tuas, não minhas, teço estas grinaldas,
Que em minha fronte renovadas ponho.
Para mim tece as tuas,
Que as minhas eu não vejo.
Se não pesar na vida melhor gozo
Que o vermo-nos, vejamo-nos, e, vendo,
Surdos conciliemos
O insubsistente surdo.
Coroemo-nos pois um para o outro,
E brindemos uníssonos à sorte
Que houver, até que chegue
A hora do barqueiro.
Que em minha fronte renovadas ponho.
Para mim tece as tuas,
Que as minhas eu não vejo.
Se não pesar na vida melhor gozo
Que o vermo-nos, vejamo-nos, e, vendo,
Surdos conciliemos
O insubsistente surdo.
Coroemo-nos pois um para o outro,
E brindemos uníssonos à sorte
Que houver, até que chegue
A hora do barqueiro.
Odes, Ricardo Reis