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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Manuel António Pina

Esplanada

Naquele tempo falavas muito de pefeição
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu , eu e a discussão.

agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro de mim.

O café agora é um banco, tu professora de liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu .
Agora as tuas pernas são coisas inúteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.