ODE
Tu, Lídia, sei que odeias
o silêncio e as distâncias,
tal como eu,
Mas os deuses não permitem
nem semtimento nem afecto
nem o amor.
Para eles reservaram
ambrósia e sensações,
doce mel;
Para nós, humanos, deixaram
a razão e uma frieza
amara e reles.
Suportemos inscientes
o dia previsto, o amanhã
já destinado;
Duremos, pois, cada dia
como a última dádiva
do cruel Fado.
30.11.09
J.M.