Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

outonais

 

 

Os dedos entreabertos

deixam passar a luz de ser;

coam o tempo dos raios de sol,

outonais e desmaiados,

nas folhas amarelecidas

ou nos galhos quase nus,

- ossos negros do parecer;

pintores da decadência,

pensamentos de pré-inverno

reflectem alguma decência,

nos quadros do inferno.

 

Cidade soprada a chuviscos

e lavada em ventanias:

assinam violentos rabiscos,

apagam mágoas e alegrias.

 

05.11.2009

JM