DIES IRAE (I)
SEQUENTIA
1 – Dies irae
Dies irae, dies illa Dia de ira, aquele dia
Solvet saeclum in favilla Em que o mundo se desfará em cinzas
Teste David cum Sibylla Assim testemunham David e Sibila
Quantus tremor est futurus, Quanto temor sobrevirá,
Quando judex est venturus, Quando o Juiz chegar
Cuncta stricte discussurus. Julgando tudo com rigor.
2 - Tuba mirum
Tuba mirum spargens sonum A admirável trombeta difundindo o som
Per sepulcra regionum, Pela região dos sepulcros,
Coget omnes ante thronum. Juntará todos diante do trono.
Mors stupebit et natura A morte espantar-se-á, e a natureza
Cum resurget creatura, Com as criaturas ressurgirá,
Judicanti responsura. Para responder ao juízo.
Liber scriptus proferetur, Um livro será trazido,
In quo totum continetur, Em que tudo está contido,
Unde mundus judicetur. E por ele o mundo será julgado.
Judex ergo cum sedebit, Logo que o juiz se sentar,
Quidquid latet apparebit: O escondido, aparecerá:
Nil inultum remanebit. Nada ficará impune.
Quid sum miser tunc dicturus? O que é que eu, miserável, direi então?
Quem patronum rogaturus, A quem pedirei protecção,
Cum vix justus sit seccurus? Se só o justo estará seguro?
3 - Rex tremendae
Rex tremendae majestatis, Rei, de tremenda majestade,
Qui salvandos salvas gratis, Que ao salvar, salvas gratuitamente,
Salva me, fons pietatis. Salva-me a mim, fonte de piedade.
[Dies irae é um hino do século XIII, escrito talvez por Tomás de Celano e musicado, entre outros, por Mozart. Tentativa de tradução minha.]