fugaCIDADEs
“Quando eu morrer...”
(A M.S.-C.)
Se eu morrer sozinho, não se importem.
É assim que eu quero morrer.
Deixem-me gozar mais este prazer só,
porque solitário é que estou bem.
No meu funeral não quero ninguém,
ouviram: NINGUÉM!
Se em vida ninguém me quis
e isolado e sozinho fui feliz,
agora não serve de nada
irem em multidão anonimada
atrás das tábuas do meu caixão
a carpirem amizades fingidas
que em vida nunca senti.
Dêem-me mais esta consolação:
continuem lá as vossas vidas
e deixem-me partir sozinho como vivi.
J.M.