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Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Ar da Guarda

"Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino." Miguel Torga

Terra-mãe

A paisagem deslumbrante dos teus olhos

refletia a luz juvenil da alvorada

e a fecundidade fértil sem abrolhos

rescendendo aos aromas da terra molhada.

 

A seara dos teus cabelos ondulantes

meio madura num junho primaveril

refletia as luzes matutinas coruscantes

e lembrava a pujança de ufano abril.

 

O repouso do teu corpo ternurento

deitado numa realidade refrescante

semiadormecido no amparo do relento

refletia uma serenidade ambulante.

 

No teu ser, tua beleza, tua paixão

corre um rio de águas cristalinas

da terra mãe a insaciável sedução

e todas as manhas e artes femininas.

 

18.06.2013

J M

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